O “sair da zona de conforto” e o “desconforto” nas viagens

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Sou a primeira a defender que os perrengues de viagem, por mais estressantes que sejam na hora H, depois viram ótimas histórias pra contar, que nos fazem rir por anos a fio. Acontece com todo viajante, não tem jeito. Mas por mais que tenha lido os livros dele, e goste muito, se tem uma coisa na qual nunca concordei com o Paul Theroux é com aquela ideia de que as grandes viagens só existem no desconforto.  Que o verdadeiro viajante tem que sofrer, no melhor estilo “no pain, no gain”
O Theroux acha que as “epifanias” só nos acometem em viagens com alguma carga de sofrimento, de perigo, de riscos (e o também sempre ótimo Seth Kugel, o Frugal Traveler do NYT, também partilha dessa opinião: “viagem boa é viagem desconfortável {…} O desconforto de sair da rotina de hotel internacional, restaurante estrelado é vital à viagem”, escreveu recentemente em sua, infelizmente, última coluna para o IG).

Então alto lá.  Muita calma nessa hora. Por mais que eu adore e admire os dois, aqui eu me sinto obrigada a discordar deles. Sim, eu acho ESSENCIAL que saiamos de nossa “zona de conforto” quando viajamos:  sair sozinha, falar com gente desconhecida, me arriscar num idioma que não falo, buscar lugares populares e autênticos, experimentar pratos ou sabores que eu nunca tinha pensado em provar. Tudo isso eu faço, e adoro, e recomendo.  E sempre com resultados memoráveis, experiências que guardo para sempre: a história que a vendedora me contou sobre sua família, o café que o jornaleiro me indicou, as pessoas super bacanas que eu conheci na fila do museu, os amigos que eu fiz pelo caminho.  Gosto muito da ideia de “correr riscos” (não estar em perigo, é óbvio): experimentar sabores novos, mudar de ideia na hora H, decidir um passeio num ímpeto,  entrar numa rua diferente na volta pro hotel,  responder a um desconhecido que puxa papo num café. 
Mas nunca fui mochileira, nunca topei quartos e banheiros coletivos, nem quando eu tinha 18 anos. Com o passar dos anos, fui ficando mais chata ainda e a escolha do hotel é sempre o detalhe mais calculado das minhas viagens. Dormir numa cama dura ou dividir banheiro com desconhecidos são duas das coisas que mais podem azedar minha viagem, por exemplo. Para mim, desconforto e estar fora da zona de conforto são duas coisas bem diferentes; com a primeira, por mais experiência de estrada que eu tenha adquirido ao longo dos anos, ainda lido muito, muito, muito mal mesmo; com a segunda, me sinto sempre  – e vejam só o trocadilho inevitável –  muito confortável 😉
Respeito todas as opiniões e sou a primeira a dizer que não existe essa de “jeito certo de viajar”. Cada viajante tem seu gosto, seu estilo, sua filosofia e o importante é a gente sempre viajar. Cada um na sua e sempre com alguma coisa em comum (como diria aquela veeeeelha publicidade do Free), não é mesmo? Mas acho sim, deep down my heart, que dá pra ter sinapses divinas, e na mesma intensidade, tanto saboreando uma refeição estrelada como na simplicidade de ver um lindo por-do-sol na praia . E se eu tiver dormido numa cama maravilhosa na véspera, pra mim funciona sempre 😉



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Sobre Mari Campos 2157 Artigos
Mari Campos é jornalista formada, especializada em turismo e lifestyle de luxo, e colabora exclusiva e regularmente como freelancer há mais de quinze anos com textos e fotos sobre o tema para portais, revistas e jornais no Brasil e em outros sete países. O conteúdo deste post foi elaborado e decidido pela autora tendo como único critério a relevância do assunto para os leitores do MariCampos.com. Entretanto, compras efetuadas através dos links deste post podem gerar comissões sobre vendas para este blog.

12 Comentários

  1. Ahhh Adorei este texto! Realmente não existe fórmula de certo ou errado, assim como vc gosto do desconhecido e de me surpreender com ele. Mas me sinto bem estando confortável e fazendo coisas que me deixem assim. Correndo riscos estando na minha zona de conforto!

  2. Concordo com sua visão: Aventura e perigo são coisas distintas. E viajar para ter desconforto, acho que não vale a pena não … Cama boa e banheiro limpinho são essenciais sempre e não tiram a graça de nenhuma viagem.

  3. adorei este post, acho que cada um tem suas fronteiras e suas zonas de conforto e só cada um sabe ate onde quer e pode ir. Por isso cada viagem é unica aos olhos de quem a viu e viveu e ninguém pode reclamar disso. Bom Blog

  4. “Mas nunca fui mochileira, nunca topei quartos e banheiros coletivos, nem quando eu tinha 18 anos.” Eu tb nunca topei esse tipo de coisa, e com o tempo a gente vai ficando mais chata mesmo. Outra coisa que detesto é comer mal, comer PF pra “economizar” ou comer apenas sanduíche a viagem inteira (tem gente que economiza em hotel e comida pra poder comprar mais…). Eu não gosto de hotéis luxuosos nem de pagar caríssimo pra comer, mas tb não me venha com chinelagem.
    Acho que viajar, principalmente sozinha, já é sair da zona de conforto, como já disseram.

    Não sei o que é cama dura pra vc, mas eu fico irritada justamente com o contrário: cama mole ou com colchão que afunda. Meu colchão é ortopédico e eu acho bonzão. 😀

  5. Viajar e estar aberto a novas descobertas já significa sair da sua zona de conforto. E eu também acho que isso não significa se sujeitar a condições insalubres e que ofereçam risco. Se bem que as vezes adoro uma adrenalina 😛

    Bj

  6. Lanço aqui então o movimento: por camas confortáveis e malas com rodinhas! A aventura e a surpresa já vão fazer parte de toda viagem 🙂 Adorei, Mari!

  7. Pra mim, out of your comfort zone, quer dizer estar aberto ao outro, ao estranho ao estrangeiro. Nada a ver com comforto físico que é bom e todo mundo gosta.

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