O que pode mudar nas nossas viagens com o coronavírus?

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Mudanças significativas na indústria do turismo já estão em andamento



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Nos últimos tempos, não temos falado muito de outra coisa: é o novo coronavírus, a Covid-19, manter-se seguro e saudável, os desafios da quarentena e todos os seus efeitos no nosso dia-a-dia (e nos nossos planos futuros) que são a pauta de quase todas as conversas, certo? Já sabemos que a vida em geral será diferente daqui pra frente, e será diferente inclusive depois que encontrarem uma vacina também. Diversos novos hábitos e cuidados estão sendo inseridos no nosso cotidiano e é bem possível que muitos deles continuem em vigor mesmo quando (esperamos!) consigam desenvolver uma vacina contra a doença – e não deve ser diferente quando pensarmos nas nossas viagens daqui pra frente.

Como jornalista especializada em turismo há 16 anos, desde março recebo todos os dias a mesma pergunta de amigos, leitores e seguidores: “quando você acha que vamos poder viajar novamente?”. O fato é que não dá para voltar a viajar enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) não indicar que é seguro fazê-lo – pelo menos. Só então fronteiras devem começar a reabrir, hotéis devem voltar ao serviço, companhias aéreas começarão a retomar algumas rotas e atrações e serviços turísticos lentamente serão retomados.

Nas últimas semanas, participei de diferentes lives sobre o tema promovidas por alguns perfis no instagram – dentre eles as queridas do VempraNY e do YouMustGo, com as quais discuti bem seriamente sobre o que pode mudar no mercado do turismo no futuro próximo, quando for seguro viajar novamente – e também mudanças que devem ficar definitivas, mesmo após o desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19.

Andei conversando com diversos especialistas do setor, como empresários, agentes e hoteleiros para produzir textos importantes sobre as mudanças na hotelaria e no cenário do turismo em geral para algumas das minhas colunas. Dá para ler aqui meu texto sobre mudanças no turismo em geral para o Estadão.

Erik Sadao, um dos grandes especialistas em turismo no Brasil



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O que deve vir por aí no turismo

É claro que agora é hora de colocar a vida e o bem-estar em primeiro lugar e ficar em casa, mas é fato que a indústria do turismo vive um cenário sem precedentes. Enquanto na virada do ano existia uma previsão de crescimento do turismo global entre 3 e 4% em 2020, hoje estima-se uma perda de pelo menos US$ 300 a 450 bilhões nos gastos dos viajantes internacionais, além de perdas enormes para o setor doméstico também.

Para dar uma ideia mais exata, enquanto em epidemias importantes como a SARS e a H1N1 as companhias aéreas perderam entre 4 e 7% no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (ABEAR) no final de março passado as reduções já eram de 75% na demanda nacional e de 95% na internacional. Então assim como após o 11 de setembro muita coisa mudou em definitivo nas nossas viagens, muitas novas medidas de controle, segurança e higiene devem passar a fazer parte da nossa rotina viajante também para que possamos circular em segurança. O que pode mudar ou já está mudando, então?

Companhias aéreas e aeroportos

Já começaram a aparecer algumas promoções aéreas mas, com razão, a maioria dos viajantes ainda está receosa em fazer qualquer compra de viagem. Afinal, não sabemos nem quando fronteiras internacionais serão abertas nem quando será de fato seguro entrar num avião lotado. É bem possível, por exemplo, que o uso de máscaras vire parte do nosso dia-a-dia seja uma exigência fundamental para circular em aeroportos ou entrar em aviões. “A máscara a bordo deve se tornar tão necessária no avião quanto o cinto de segurança”, diz Erik Sadao, que conta com mais de 20 anos de experiência no turismo.

Algumas companhias já estão obrigando seus funcionários e tripulantes a utilizarem máscara o tempo todo e é possível que em pouco tempo seja mandatório também para passageiros. Muitas companhias aéreas deixaram também de vender o famigerado assento do meio, para garantir mais distanciamento entre os passageiros. Algumas companhias afirmam que, dependendo do curso da pandemia, nem todas as suas rotas anteriores serão retomadas; ou seja, não sabemos ainda se voltaremos a ter toda a malha aérea doméstica e internacional com a qual contávamos até o começo deste ano. E na semana passada vimos a Emirates se tornar a primeira companhia aérea do mundo a testar passageiros contra Covid-19 na sala de embarque do aeroporto de Dubai, antes de serem autorizados a entrar no avião – o que alguns especialistas acreditam que possa se tornar uma prática comum em outras companhias também.

Muitas mudanças já estão em andamento na hotelaria

Hotelaria

Eis aí um setor que já está em parte se antecipando e pode ser pioneiro na retomada do turismo quando for seguro viajar novamente. Há hotéis que já começaram a adotar os mesmos padrões e procedimentos de higiene dos hospitais, para garantir que seus ambientes estejam constantemente desinfetados. Há também mudanças importantes na dinâmica do dia-a-dia nos hotéis já sendo adotadas por algumas propriedades e analisadas por outras, como a eliminação das refeições em sistema buffet em muitos hotéis por questões óbvias de segurança sanitária. “É possível também que hotéis precisem criar áreas abertas, como ‘rooftop gyms’, ou que exijam que se reserve os espaços fitness com antecedência, para garantir um hóspede, ou poucos, por vez. Espaços e equipamentos nos quartos, também, podem se tornar uma tendência”, diz Sadao.

Além das academias, áreas de lazer como piscinas, saunas e salas de massagens também começam a ter dinâmica repensada pelo setor – principalmente em resorts e estações de esqui, que costumam reunir muita gente em um mesmo espaço. Dá para ler mais sobre esse tema aqui no meu texto sobre mudanças na hotelaria para o Panrotas.

Comportamento e preferências dos viajantes

Eis aí outro setor em que mudanças já são esperadas. Ainda é muito cedo para saber ao certo o que e como irá acontecer, é claro, mas diversos especialistas acreditam que uma mudança de comportamento viajante que pode ser significativa é evitar lugares com muitas pessoas/turismo de massa e investir mais em viagens focadas em sustentabilidade, optando por destinos e serviços com mais respeito ao meio ambiente. Este pode ser um dos mais positivos resultados da pandemia para o turismo no mundo todo. “A consciência ambiental e social, e o impacto que o consumo da viagem tem sobre o desenvolvimento e a diminuição da desigualdade são possíveis ‘legados’ desta fase que vivemos”, concorda Sadao.  

Ao que tudo indica, as nossas primeiras viagens serão provavelmente nacionais – por não depender de fronteiras reabertas, pela sensação de segurança de estar em seu próprio país e “poder rapidamente voltar pra casa” e principalmente pela questão dos custos. Afinal, não bastassem as moedas estrangeiras estarem batendo todos os recordes de cotação desde o começo do ano, a maioria das pessoas deve optar por cortes consideráveis em seu orçamento de viagem face às restrições econômicas da pandemia no Brasil e no mundo. Destinos com grande contato com a natureza também devem figurar entre as preferências, conforme apontam pesquisas recentes de empresas como Skyscanner.

E, last but not least, o setor de wellness deve vir mais forte do que nunca.

Viagens com foco em natureza devem figurar entre as preferências dos viajantes

Novas fronteiras

Também é preciso considerar que muitos países planejam criar mecanismos para restringir a entrada de visitantes em seu espaço mesmo quando suas fronteiras forem reabertas. Para tal, podem ser criadas novas exigências e formalidades de vistos, e na Europa já se fala muito sobre a criação de um “passaporte biológico” para atestar a “saúde” de um viajante. Nesse cenário, é importante levar também em consideração que o Brasil tem sido visto bastante negativamente no exterior pela maneira como está reagindo diante da pandemia. “É muito provável que países como o Brasil, se não tiverem a situação controlada dentro dos protocolos internacionais, sofram restrições em lugares que tiverem a situação normalizada”, afirma Sadao. Ou seja: não dá para saber ainda se poderemos viajar livremente para todos os países nos quais tínhamos livre trânsito anteriormente.

Mudanças no dia-a-dia de viagem

Além do uso das máscaras, que já é uma exigência em muitos destinos e pode se tornar permanente enquanto não houver vacina contra o novo coronavírus, outras mudanças podem ocorrer no dia-a-dia das viagens. “Sem uma vacina, o viajante da ‘sociedade um metro e meio’ pode ser obrigado a reservar museus e atrações turísticas com horário marcado para garantir o fluxo de pessoas, e presenciar a adequação total dos espaços e áreas comuns em hotéis, como restaurantes e bares”, diz Sadao.

Resumo da ópera e live à vista 🙂

Reforçando: como comentei no começo no texto, algumas destas mudanças já estão em curso neste momento e outras são apenas reações e tendências possíveis apontadas por especialistas e pesquisas do setor. É importante sabermos as medidas que já estão sendo tomadas hoje e também considerarmos estas previsões e análises dos especialistas do setor turístico antes de tomar qualquer atitude de compra de viagem. Mais do que nunca, é necessário que qualquer atitude neste sentido venha pautada por muita reflexão e ponderação e não por impulso – por mais tentadora que uma promoção pareça. Já pensou você comprar uma super promoção de passagem ou pacote para um destino que ainda não tem nenhuma previsão de data para reabertura de suas fronteiras? Ou para um parque que ainda não cogita nenhuma data específica para sua reabertura?

Nas próximas semanas volto aqui com o tema, porque seguramente teremos alguns novos cenários e, com eles, novas perspectivas.

Enquanto isso, já anota na agenda: nesta quarta-feira, 22, às 17h, vou fazer a primeira live sobre o tema no meu perfil @maricampos no Instagram com o Erik Sadao, especialista citado aqui neste texto, com mais de 20 anos de experiência no turismo e que está estudando a fundo os possíveis cenários do mercado de viagens daqui pra frente. É só sintonizar lá na live no meu perfil para participar ativamente com suas perguntas, ao vivo 🙂

Clique aqui para ler mais sobre o turismo e a pandemia aqui no blog.

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Sobre Mari Campos 2157 Artigos
Mari Campos é jornalista formada, especializada em turismo e lifestyle de luxo, e colabora exclusiva e regularmente como freelancer há mais de quinze anos com textos e fotos sobre o tema para portais, revistas e jornais no Brasil e em outros sete países. O conteúdo deste post foi elaborado e decidido pela autora tendo como único critério a relevância do assunto para os leitores do MariCampos.com. Entretanto, compras efetuadas através dos links deste post podem gerar comissões sobre vendas para este blog.

14 Comentários

  1. Olá Mari é a primeira vez que acompanho seu jornalismo de Turismo e tenho certeza que as mudanças no setor de Turismo será exatamente as mudanças descritas por você. Nós aguardamos as mudanças no setor de Turismo serem efetivada com sucesso para que eu possa volta à viajar sem sérios problemas e aproveitando melhor as viagens internacionais. Obrigado pela orientação e assistência de mudanças no setor de Turismo esperando serem efetivamente um sucesso. Parabéns!

    • Vai demorar bastante ainda até que seja realmente seguro viajar de novo por aí. Vamos esperar que TODO MUNDO realmente colabore pela segurança e saúde coletiva.

  2. Olá Mari, somos empreendedores do turismo de contemplação e espiritualista, suas dicas são muito valiosas para nós que atuamos com serviço de “experiencias únicas” gratidão, esperamos te ver aqui um dia, quem sabe? 🙂

  3. Mari, queria te agradecer por este texto. Muito bom, muito esclarecedor. O trabalho que você faz, viajando ou não, é impecável.

  4. Olá Mari
    Como gosto de encontrar bons lugares e acomodações, costumo procurá-los a tempo e pagar mais cedo. Dessa forma, eu normalmente tenho boas vendas. Este ano, minha viagem a Kefalonia e Zante foi totalmente pago. Possivelmente perder todo o dinheiro, que pouco importa para mim. Já está gasto. O que importa, é além da saúde e que não poderei viajar, porque todos os países têm problemas de saúde e será difícil para eles abrir hotéis e vôos. Todo mundo vai querer proteger-se.

    A economia do sul da Europa sofrerá, porque o turismo é importante. Para a Grécia, por exemplo, o turismo representa mais do 20% de seu PIB. Para a Espanha, Itália, Portugal e França também és terrível.

    Suponho que da mesma maneira que em qualquer país que depende do turismo.

    • Sim, sem dúvida haverá uma recessão mundial e a indústria do turismo já é das mais afetadas, exatamente como digo no texto. E você ressaltou um ponto importante: com o tempo necessário para que se consiga uma vacina eficiente, as restrições todas do mercado e a possibilidade real levantada recentemente por cientistas de que tenhamos novas epidemias e pandemias no futuro, eu acho que planejar viagens com muita antecedência será cada vez menos provável…

  5. Mari,
    Ana e eu lemos suas notas e quando chegamos no subtítulo “Novas fronteiras”, nos lembramos de uma situação que passamos há 4 anos, ao chegar na China, no tempo da epidemia de zica:
    Éramos 4 brasileiras, num grupo de uns 30 espanhóis.
    Chegamos em Pequim vindos de Madrid, num voo que fez conexão em Helsinque.
    Na imigração, todos passaram sem problemas. Só nós, as brasileiras, fomos barradas e direcionadas ao departamento de saúde, onde tivemos que preencher um formulário sobre nosso estado de saúde, mediram nossa temperatura e só então nos liberaram.
    O grupo já nos esperava impaciente.
    Foi assim que nossa origem já nos colocou, de cara, em posição de desvantagem.

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  1. Cruzeiros e o coronavírus | MariCampos.com

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